A história diz-nos que sempre que uma empresa está a passar um tempo de contenção o orçamento para o departamento de TI é o primeiro a ser afectado. E hoje a história repete-se.
A economia mundial está a no mínimo a desacelerar e as empresas vivem um tempo de desafio e ao mesmo tempo de oportunidades. Como disse o presidente da Barclays, Robert Diamond, a compra do negócio do Lehman Brother é uma “oportunidade que só surge uma vez na vida” in Jornal de Negócios. As empresas abrem falência ou têm que vender activos que não sejam parte do seu core business para melhor se protegerem e tudo é comprado a preço quase de saldo.
Nesta tempestade o departamento de IT é dos primeiros a sofrer cortes no orçamento ou congelamentos. Se esta decisão tem resultados a curto prazo no dinheiro disponível, que efeitos terá a longo prazo?
As vantagens competitivas são cada vez mais difíceis de conseguir e há sempre as empresas que estão na vanguarda e aquelas que andam atrás do seu passo. Mas será que agora surge a oportunidade para inverter esta situação ou para acentuar a vantagem que uma empresa tem sobre outrem?
Num cenário podemos ter as empresas de topo a conterem-se na progressão do seu produto/serviço e na busca de vantagens competitivas por meio das TSI e as que lhes estão atrás a apanhar-lhes o passo e com o lanço subir até ao topo, no mínimo temporariamente.
Noutro cenário teremos as empresas que aspiram ao topo a conterem-se e as empresas de topo que têm sempre um orçamento maior (mesmo que não o aumentem) a distanciar-se em termos de progressão dos produtos/serviços e aquisição de vantagens competitivas a pequenos passos.
Creio que o número de novas start-ups decrescerá proporcionalmente ao abrandamento do investimento de alto e médio risco. Os investidores e as casas de investimento vão ser mais exigentes e mais sérios com os seus investimentos. Afinal nada é garantido e a economia mais uma vez estalou e a ideologia capitalista será posta à prova, novamente.
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